No dia 01 de junho
de 2017 os bolsistas elaboraram uma oficina na qual foi utilizado um jogo
denominado “Chemistry Game Show”. Este jogo possui o mesmo
formato do “Show do Milhão” e foi criado por um dos monitores do PIBID como uma
ferramenta para o ensino de química.
No entanto, para
a adaptação à oficina “Torta na Cara” foram feitas algumas
modificações afim de promover uma maior interação entre os alunos.
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A esquerda, o momento de explanação sobre o funcionamento da oficina.
A direita, o material preparado para a "torta na cara". |
Piaget (1958 p. 158), menciona a importância da
utilização dos jogos na escola, ao passo que critica a forma como os mesmos são geralmente
utilizados na vida escolar.
“O jogo é uma alternativa
frequentemente ignorada pela escola tradicional, por dois motivos: primeiro,
pelo fato de parecer privado de relevância funcional e segundo por ser
considerado apenas um descanso ou desgaste de um excedente de energia”
É preciso cuidar para que o jogo no ensino não
possua apenas o caráter lúdico, cumprindo assim o seu papel na construção do
conhecimento.
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Acima, tela inicial do jogo. Abaixo,
Recurso da Tabela periódica. |
Para a execução
do “Torta na Cara” foram selecionadas questões da internet e algumas questões
foram formuladas por nós, monitores do PIBID. Como temos estudantes do primeiro
e terceiro ano do ensino médio, no jogo foram avaliados os conteúdos linguagem
química e constituintes da matéria.
Os estudantes
ainda não haviam estudado este conteúdo no horário de aula regular. Para isso
não atrapalhar no resultado fizemos um material de apoio para que os estudantes
pudessem ler. Este material foi enviado para os mesmos com antecedência para
que eles estivessem preparados durante o jogo. Foi planejado que eles teriam um
tempo de 30 min para discutir em grupo o que foi estudado, no entanto por
alguns problemas técnicos não foi possível ceder este tempo de discussão.
O FORMATO DA OFICINA E AS REGRAS DO JOGO
Dividiu-se a
turma em dois grupos com a mesma quantidade de alunos.
A cada rodada de
perguntas um representante de cada grupo ficava responsável por responder à
pergunta sorteada caso soubesse.
Como recurso do
jogo, era possível solicitar a ajuda dos colegas do grupo para responder, ou
ainda solicitar as cartas do jogo para que fossem eliminadas as alternativas
erradas. Era possível também consultar a tabela periódica para auxilio nas respostas das questões.
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Tela com uma das perguntas
sorteadas na oficina. |
Ao responder
corretamente o aluno somava 1 ponto para o grupo e acertava uma “torta na cara”
do adversário. Caso a resposta fosse errada, o ponto era dado para a equipe
oposta e o direito de acertar a torta também.
Durante a
execução do jogo foi percebido que os alunos estavam bastante interessados e
entusiasmados com a forma que a oficina foi planejada. Tivemos uma quantidade
razoável de alunos, alguns estudantes do primeiro ano que ficaram sem ir a uma
ou mais oficinas anteriores estavam presentes na reunião em questão. Durante o
jogo foram sorteadas 13 questões diferentes, sendo que dentre estas o (grupo 1)
acertou 7 e o (grupo 2) acertou 6 questões.
Ao findar da
oficina percebeu-se que a mesma foi capaz de produzir nos alunos o interesse em
estudar o conteúdo motivados pelo desejo da disputa entre si.